14.2.11

A vida é um palco experimental
sob luzes que se atraem





Conexões plásticas,

 
Polímeros de hidrocarbonetos urbanos
O homem sabe o que faz
Homo sapiens
Metade Homem
Metade ...
  ...  P l á s t i c o
 





 Verdades puras são um tanto impuras
Deitadas ao fogo do vento
Sopram realidades e mentiras nuas
E o que de fato traz afeto
Feto derrete-se em sol
Há mais ou menos duas ou três vidas
Perante nossos sonhos
Melhor estar acordado todo tempo
O fogo pleiteia seu espaço
Mas meus cabelos são longos
Para acreditar no fogo











Vontade de ficar só, mas não consegue
Vontade de sentar-se, mas não consegue
Vontade de cantar, mas não consegue
Vontade de escrever, mas não consegue
Vontade de amar ...
pare com essas vontades,
isso é amor.


Quero presentear o ar com meus versos
Incitar a poeira com ilusão
Desfazer bandeiras amarrotadas de paixão
Encontrar o túnel que me leve à paz
Desejar o canto
Profanar o santo
Existir
Quero entender a chuva com minhas mágoas
Incitar a desobediência com palavras
Desfazer barreiras de poesias ingratas
Encontrar a luz que me leve à noite
Desejar o canto
Profanar o santo
Existir


Quero inventar o sonho com minha visão
Incitar o vento com as cobertas
Desfazer os vícios encardidos de ódio
Encontrar o ponto que difere o real
Desejar o canto
Profanar o santo
Existir
Quero conceber o drama com meu sorriso
Incitar o verbo com a ignorância
Desfazer as culpas banhadas de despedidas
Encontrar o amor acima de qualquer substância
Desejar o canto
Profanar o santo
Existir




Ensaio
Muitos seres de luzes e noites
Vagando livres como o vento
Trovões de vapores digestivos
Mentes de chapéus ocultos

Banhos de velas em pó
Vestimentas lunares de sonhos

Reunimos nossas paixões
Um pouco mais de lua
Um pouco mais de lar
Muitos seres de cantos e desejos
Percussões coletivas ao relento
Abrigos de corpos e copos de arte
Teatro, esta parte do encontro,
entendemos!

Um comentário: