25.3.11







Elogio à Noite: 06 de abril quarta às 19h 
Praça Mestre Boca Rica, Morro do Ouro e Galeria do Theatro José de Alencar

Primeira parte da tetralogia ARTORIANAS que narra sobre o nascimento, infância e juventude do poeta fictício chamado A(R)TOR, personagem livremente inspirado e influenciado pela linha de pensamento do dramaturgo Antonin Artaud. As primeiras palavras faladas e escritas pelo poeta e seu rito inicial de admiração pela lua e suas fases, a qual ele acreditava ser sua mãe, pai e lar. O espetáculo mostra as primeiras apresentações públicas de A(r)tor, seus primeiros amores e a o início de sua inquieta paixão por uma arte mais autêntica, espiritual e absurda. A narrativa ainda conta sobre as influências culturais do poeta, as quais se desenvolveram ou se perderam durante mudanças de décadas, séculos e milênios: “O que foi esquecido ontem pode ser sucesso amanhã!” O Espetáculo finaliza com o início de uma festa à noite, a qual o poeta parte para a vida adulta. Durante a festa, não se diferencia palco de platéia, todos estão inseridos no desejo de identificar quais estrelas do céu são seus passados ou futuros, quais estrelas são seus duplos de artes e sentimentos presentes.


Universos: 07 de abril quinta às 19h 
Praça Mestre Boca Rica, Morro do Ouro e Galeria do Theatro José de Alencar

Segunda parte da tetralogia ARTORIANAS que narra sobre a fase adulta do poeta A(r)tor e seu desenvolvimento artístico através do amor, erotismo, surrealismo e crueldade. A narrativa mostra a concepção e montagem da primeira obra teatral absurda do poeta chamada ARTÓRIA, na qual é demonstrado seu processo criativo, seus delírios através de imagens e sonhos, a direção cênica com seu elenco e a (des) incorporação teatral, que não diferencia palco de platéia: “todos presentes no teatro devem atuar, não representar!” A peça ainda narra a intensa batalha que é conseguir espaços para apresentações de obras não conhecidas pelo grande público e que trazem provocações de esferas: sexuais, políticas e religiosas ( de acordo com o poeta, os três universos (in) tocáveis) em seus contextos. O espetáculo finaliza com o início de uma festa para estréia da obra absurda de A(r)tor, a qual ele não pode comparecer, pois é internado em um asilo para loucos pelas forças policialescas locais, devido a profunda ousadia de seus poemas e cartas. E lá, passa os próximos dez anos de sua vida.


Conexões Urbanas: 08 de abril  sexta às 19h 
 Morro do Ouro - Theatro José de Alencar

 Terceira parte da tetralogia ARTORIANAS que narra sobre as fases de consumos e cárceres do poeta A(r)tor, bem como seus desencantos, perseguições e paranóias sofridas junto aos órgãos de repressões culturais do (E)sta(do)tuos quo. A narrativa mostra o abandono no dia-a-dia de asilos e as diversas formas de loucuras que são cerceadas pelos valores morais que julgam existir pessoas mais cidad(s)ãs do que outras. Mostra ainda a dificuldade do poeta para reergue-se na vida após a passagem de dez anos isolado do mundo. A peça narra a adaptação do poeta às: novas tecnologias de sobrevivência na cidade, novas mídias desenvolvidas nas artes, novas drogas de substituição (antes no asilo, as substâncias farmacêuticas, agora na cidade, substâncias de pedras), novas ambições sociais que retrocedem o espírito e individualizam o duplo, matando o desejo de potências puras. O poeta foge do urbano, da cidade e vai para a natureza, o sertão, o campo, a floresta. O espetáculo finaliza com o início de uma festa de boas – vindas de uma tribo indígena para o poeta. A festa é um ritual xamânico, o qual traz de volta a A(r)tor todas suas virtudes e potenciais criativos.


Artopofagia: 09 de abril sábado às 19h 
Praça Mestre Boca Rica, Morro do Ouro e Galeria do Theatro José de Alencar

Final da tetralogia ARTORIANAS que narra sobre a fase de transcendência do poeta A(r)tor. A narrativa mostra a vivência do poeta junto a tribos indígenas antropófagas e suas diversas manifestações culturais e espirituais. Mostra ainda a descoberta feita pelo poeta nas tribos, de ossadas das mais variadas personalidades sociais: Jesus Cristo, Platão, Brecht, Bispo Sardinha, Napoleão, Dom João VI, Hitler, Gandhi, Chacrinha e Oswald de Andrade (este, encontrado junto com seus escritos: Pau- Brasil e Manifesto da Antropofagia). O poeta então percebe que ele será o próximo a ir para o fogo, então resolve também deixar um legado: sua última obra teatral absurda, chamada de ARTOPOFAGIA, e convida a tribo para ser seu elenco. A narrativa mostra a direção cênica do poeta e a liberdade de atuação de seus artistas, uma vez que a obra não tem roteiro, falas, nem a possibilidade de apresentação. O espetáculo termina com o início de uma festa, promovida pelos índios antropófagos durante o ensaio do último ato da obra absurda; A(r)tor em uma fogueira, sendo queimado e ofertado à noite e todos celebrando a ceia da jornada final deste poeta, que de alguma forma se tornará imortal: “o que me alimenta, transcende de ti, em mim”!

Duração de cada espetáculo: 1:30 min
Classificação: 16 anos
Entrada: Gratuita 
Tragam oferendas ao Poeta
Capacidade para 100 pessoas
Evoé

19.3.11

Hoje o Movimento Artístico Artória receberá a super lua cheia.



Um fenômeno que não ocorre há duas décadas, ela estará mais próxima da Terra e portanto 14% maior e 20% mais luminosa, receberemos esta entidade hoje no Espigão Novo da Beira Mar a partir do pôr do sol com intervenções artorianas. É um convite para todos amigos e amigas a presenciar este momento mágico.

14.3.11

Agradecemos a todos(as) artistas 
que se inscreveram para a Audição Artoriana 
em Fortaleza

Vamos fazer arte, vamos?                                                                              
Quando o sonho acordou o íntimo, despertamos
A luz cênica dionisíaca nos acolheu
Sediar o perfume do lúdico, fascina
O que acontecerá depois?
Não sabemos compreender um destino após o outro
Mas somos firmes como o vento nordeste
Rasgamos nossas folhas como quem atravessa uma estação
Teatro, nosso barco voador
Olhar para cima é a maior esperança
Imaginar o passado através das únicas estrelas
Que ousam pousar esta noite, refaz a sede bebida em vinho
Vamos  lá ! A idéia é apresentar, representar e  estar
As palavras são desnecessárias
Tanta parede desbotada de pessoas sérias!
Pra quê desejar o que já se tem se o orgasmo em nossas bocas satisfaz ?
O carinho é uma grande obra, significa cuidar do seu artista
Perceber que se houver momento, ele não importa
Se houver acordo, ele não importa
Se houver tempo, ele não importa
Se houver amor, o artista vive
Ah ! Vamos fazer arte, vamos?


Evoé!
Paulo de Arto