23.2.11

AUDIÇÃO PARA PARTICIPAR DA TETRALOGIA




  O Movimento Artoriano convida artistas de Fortaleza para integrar às ARTORIANAS.

 As inscrições estão abertas a partir de 23 de fevereiro até 13 de março. Poderão participar artistas a partir de 18 anos e que tenham disponibilidade para viajar A A audição será no dia 15 de março no Theatro José de Alencar, de 17h às 20h.

Poderão se inscrever: Atrizes, Atores, Diretores (as), Assistentes de Direção, Iluminadores, Músic@s, Dançarin@s, Clowns, Malabares, Cantores(as), Designers, DJs, Figurinistas, Cinegrafistas, Roteiristas, Dramaturgos, Produtores(as), Artistas Visuais, Fotógrafos, Estudantes e Curios@s destas áreas culturais serão todos benvind@s.

O objetivo é intercambiar experiências, conhecimentos e sabedorias com artistas e técnicos da cidade desenvolvendo atividades com os atuadores do movimento artoriano. Os participantes integrarão os ensaios gerais e atuarão nos quatro espetáculos que integram as ARTORIANAS: Elogio à Noite, UniVersos, Conexões Urbanas e Artopofagia e performances que serão apresentadas pelo Movimento Artoriano entre os dias 06 de abril e 09 de abril em Fortaleza
.
Inscrições: De 23/02/11 a 13/03/11
Audição: 15/03 17h às 20h no TJA

Enviar ficha de inscrição para paulodearto@globomail.com
Enviaremos email para confirmação dos participantes da audição.

Informações e ficha de inscrição:
www.teatrorock.blogspot.com no link inscrições 
Sinopse das ARTORIANAS no link Peças
 No caso da audição para atrizes e atores, estes devem escolher um dos poemas  disponibilizado no blogger e memorizá-lo para recitar na audição.

Benvindos e Benvindas



17.2.11

Performances livremente criadas por artorian@s

   
Folheando à natureza, sente-se desnuda!
Envolvendo o verso com a prosa,
Cala-se o vento!
Desenvolvendo o antagônico
A folha torna-se poesia ...
 











Os dizeres de sentimentos imperfeitos,
Maltratam a essência narcisista do ser
E do vestido planta-se
o corpo
Colhendo o absurdo, sente-se desejada!
Diluindo a chuva com a lágrima,
Cala-se o tempo!


Desenvolvendo o íntimo,
a natureza torna-se mulher





Os afazeres de pensamentos coletivos,
ignoram a face rubra da solidão
E do carinho planta-se amor,
A lua é uma folha caída,
colhida por deus e seus instintos
conscientes da pele e da seiva
 



 Por onde derramamos nossa última gota de
beleza?





14.2.11

A vida é um palco experimental
sob luzes que se atraem





Conexões plásticas,

 
Polímeros de hidrocarbonetos urbanos
O homem sabe o que faz
Homo sapiens
Metade Homem
Metade ...
  ...  P l á s t i c o
 





 Verdades puras são um tanto impuras
Deitadas ao fogo do vento
Sopram realidades e mentiras nuas
E o que de fato traz afeto
Feto derrete-se em sol
Há mais ou menos duas ou três vidas
Perante nossos sonhos
Melhor estar acordado todo tempo
O fogo pleiteia seu espaço
Mas meus cabelos são longos
Para acreditar no fogo











Vontade de ficar só, mas não consegue
Vontade de sentar-se, mas não consegue
Vontade de cantar, mas não consegue
Vontade de escrever, mas não consegue
Vontade de amar ...
pare com essas vontades,
isso é amor.


Quero presentear o ar com meus versos
Incitar a poeira com ilusão
Desfazer bandeiras amarrotadas de paixão
Encontrar o túnel que me leve à paz
Desejar o canto
Profanar o santo
Existir
Quero entender a chuva com minhas mágoas
Incitar a desobediência com palavras
Desfazer barreiras de poesias ingratas
Encontrar a luz que me leve à noite
Desejar o canto
Profanar o santo
Existir


Quero inventar o sonho com minha visão
Incitar o vento com as cobertas
Desfazer os vícios encardidos de ódio
Encontrar o ponto que difere o real
Desejar o canto
Profanar o santo
Existir
Quero conceber o drama com meu sorriso
Incitar o verbo com a ignorância
Desfazer as culpas banhadas de despedidas
Encontrar o amor acima de qualquer substância
Desejar o canto
Profanar o santo
Existir




Ensaio
Muitos seres de luzes e noites
Vagando livres como o vento
Trovões de vapores digestivos
Mentes de chapéus ocultos

Banhos de velas em pó
Vestimentas lunares de sonhos

Reunimos nossas paixões
Um pouco mais de lua
Um pouco mais de lar
Muitos seres de cantos e desejos
Percussões coletivas ao relento
Abrigos de corpos e copos de arte
Teatro, esta parte do encontro,
entendemos!

13.2.11

Estrela Brazyleira a Vagar! Cacilda!!



Estava escutando Céu e navegando neste domingo de madrugada (aquele momento em que o real desconstrói uma semana e constrói uma outra) então acho esta foto linda, em uma publicação do Diário do Nordeste sobre a homenagem à Cacilda do Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona!
Fiquei tão feliz! Sabe, um privilégio cênico e histórico phoder viver este momento?
EVOÉ CACILDAS!!
EVOÉ ZÉ CELSO MARTINEZ!
EVOÉ PAULO DE ARTO!
Mais fotos:

9.2.11

Manifesto Antropófago

Só a Antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente.
Única lei do mundo. Expressão mascarada de todos os individualismos, de todos os coletivismos. De todas as religiões. De todos os tratados de paz.

Tupi, or not tupi that is the question.

Contra todas as catequeses. E contra a mãe dos Gracos.

Só me interessa o que não é meu. Lei do homem. Lei do antropófago.

Estamos fatigados de todos os maridos católicos suspeitosos postos em drama. Freud acabou com o enigma mulher e com outros sustos da psicologia impressa.

O que atropelava a verdade era a roupa, o impermeável entre o mundo interior e o mundo exterior. A reação contra o homem vestido. O cinema americano informará.

Filhos do sol, mãe dos viventes. Encontrados e amados ferozmente, com toda a hipocrisia da saudade, pelos imigrados, pelos traficados e pelos touristes. No país da cobra grande.

Foi porque nunca tivemos gramáticas, nem coleções de velhos vegetais. E nunca soubemos o que era urbano, suburbano, fronteiriço e continental. Preguiçosos no mapa-múndi do Brasil.

Uma consciência participante, uma rítmica religiosa.

Contra todos os importadores de consciência enlatada. A existência palpável da vida. E a mentalidade pré-lógica para o Sr. Lévy-Bruhl estudar.

Queremos a Revolução Caraíba. Maior que a Revolução Francesa. A unificação de todas as revoltas eficazes na direção do homem. Sem nós a Europa não teria sequer a sua pobre declaração dos direitos do homem.

A idade de ouro anunciada pela América. A idade de ouro. E todas as girls.

Filiação. O contato com o Brasil Caraíba. Ori Villegaignon print terre. Montaig-ne. O homem natural. Rousseau. Da Revolução Francesa ao Romantismo, à Revolução Bolchevista, à Revolução Surrealista e ao bárbaro tecnizado de Keyserling. Caminhamos..

Nunca fomos catequizados. Vivemos através de um direito sonâmbulo. Fizemos Cristo nascer na Bahia. Ou em Belém do Pará.

Mas nunca admitimos o nascimento da lógica entre nós.

Contra o Padre Vieira. Autor do nosso primeiro empréstimo, para ganhar comissão. O rei-analfabeto dissera-lhe : ponha isso no papel mas sem muita lábia. Fez-se o empréstimo. Gravou-se o açúcar brasileiro. Vieira deixou o dinheiro em Portugal e nos trouxe a lábia.

O espírito recusa-se a conceber o espírito sem o corpo. O antropomorfismo. Necessidade da vacina antropofágica. Para o equilíbrio contra as religiões de meridiano. E as inquisições exteriores.

Só podemos atender ao mundo orecular.

Tínhamos a justiça codificação da vingança. A ciência codificação da Magia. Antropofagia. A transformação permanente do Tabu em totem.

Contra o mundo reversível e as idéias objetivadas. Cadaverizadas. O stop do pensamento que é dinâmico. O indivíduo vitima do sistema. Fonte das injustiças clássicas. Das injustiças românticas. E o esquecimento das conquistas interiores.

Roteiros. Roteiros. Roteiros. Roteiros. Roteiros. Roteiros. Roteiros.

O instinto Caraíba.

Morte e vida das hipóteses. Da equação eu parte do Cosmos ao axioma Cosmos parte do eu. Subsistência. Conhecimento. Antropofagia.

Contra as elites vegetais. Em comunicação com o solo.

Nunca fomos catequizados. Fizemos foi Carnaval. O índio vestido de senador do Império. Fingindo de Pitt. Ou figurando nas óperas de Alencar cheio de bons sentimentos portugueses.

Já tínhamos o comunismo. Já tínhamos a língua surrealista. A idade de ouro.

Catiti Catiti

Imara Notiá

Notiá Imara

Ipeju

A magia e a vida. Tínhamos a relação e a distribuição dos bens físicos, dos bens morais, dos bens dignários. E sabíamos transpor o mistério e a morte com o auxílio de algumas formas gramaticais.

Perguntei a um homem o que era o Direito. Ele me respondeu que era a garantia do exercício da possibilidade. Esse homem chamava-se Galli Mathias. Comia.

Só não há determinismo onde há mistério. Mas que temos nós com isso?

Contra as histórias do homem que começam no Cabo Finisterra. O mundo não datado. Não rubricado. Sem Napoleão. Sem César.

A fixação do progresso por meio de catálogos e aparelhos de televisão. Só a maquinaria. E os transfusores de sangue.

Contra as sublimações antagônicas. Trazidas nas caravelas.

Contra a verdade dos povos missionários, definida pela sagacidade de um antropófago, o Visconde de Cairu: – É mentira muitas vezes repetida.

Mas não foram cruzados que vieram. Foram fugitivos de uma civilização que estamos comendo, porque somos fortes e vingativos como o Jabuti.

Se Deus é a consciência do Universo Incriado. Guaraci é a mãe dos viventes. Jaci é a mãe dos vegetais.

Não tivemos especulação. Mas tínhamos adivinhação. Tínhamos Política que é a ciência da distribuição. E um sistema social-planetário.

As migrações. A fuga dos estados tediosos. Contra as escleroses urbanas. Contra os Conservatórios e o tédio especulativo.

De William James e Voronoff. A transfiguração do Tabu em totem. Antropofagia.

O pater famílias e a criação da Moral da Cegonha: Ignorância real das coisas+ fala de imaginação + sentimento de autoridade ante a prole curiosa.

É preciso partir de um profundo ateísmo para se chegar à idéia de Deus. Mas a caraíba não precisava. Porque tinha Guaraci.

O objetivo criado reage com os Anjos da Queda. Depois Moisés divaga. Que temos nós com isso?

Antes dos portugueses descobrirem o Brasil, o Brasil tinha descoberto a felicidade.

Contra o índio de tocheiro. O índio filho de Maria, afilhado de Catarina de Médicis e genro de D. Antônio de Mariz.

A alegria é a prova dos nove.

No matriarcado de Pindorama.

Contra a Memória fonte do costume. A experiência pessoal renovada.

Somos concretistas. As idéias tomam conta, reagem, queimam gente nas praças públicas. Suprimamos as idéias e as outras paralisias. Pelos roteiros. Acreditar nos sinais, acreditar nos instrumentos e nas estrelas.

Contra Goethe, a mãe dos Gracos, e a Corte de D. João VI.

A alegria é a prova dos nove.

A luta entre o que se chamaria Incriado e a Criatura – ilustrada pela contradição permanente do homem e o seu Tabu. O amor cotidiano e o modus vivendi capitalista. Antropofagia. Absorção do inimigo sacro. Para transformá-lo em totem. A humana aventura. A terrena finalidade. Porém, só as puras elites conseguiram realizar a antropofagia carnal, que traz em si o mais alto sentido da vida e evita todos os males identificados por Freud, males catequistas. O que se dá não é uma sublimação do instinto sexual. É a escala termométrica do instinto antropofágico. De carnal, ele se torna eletivo e cria a amizade. Afetivo, o amor. Especulativo, a ciência. Desvia-se e transfere-se. Chegamos ao aviltamento. A baixa antropofagia aglomerada nos pecados de catecismo – a inveja, a usura, a calúnia, o assassinato. Peste dos chamados povos cultos e cristianizados, é contra ela que estamos agindo. Antropófagos.

Contra Anchieta cantando as onze mil virgens do céu, na terra de Iracema, – o patriarca João Ramalho fundador de São Paulo.

A nossa independência ainda não foi proclamada. Frase típica de D. João VI: – Meu filho, põe essa coroa na tua cabeça, antes que algum aventureiro o faça! Expulsamos a dinastia. É preciso expulsar o espírito bragantino, as ordenações e o rapé de Maria da Fonte.

Contra a realidade social, vestida e opressora, cadastrada por Freud – a realidade sem complexos, sem loucura, sem prostituições e sem penitenciárias do matriarcado de Pindorama.

 
OSWALD DE ANDRADE Em Piratininga Ano 374 da Deglutição do Bispo Sardinha." (Revista de Antropofagia, Ano 1, No. 1, maio de 1928.)

Antonin Artaud





"É preciso fazer algo para sair do marasmo e do tédio de tudo, ao invés de ficar reclamando da inércia e da imbecilidade de tudo".

"A realidade está a ser criada! O homem é agente e ator da realidade!”

Poemas Falados



São poemas em áudio gravados na rede social de voz Blaving, de Paulo de Arto - Escritor, Ator e Fundador do Movimento Artoriano e trilha sonora de Baden Powell.

www.blaving.com/paulodearto


7.2.11

Estrela Brazyleira a Vagar - Cacilda!!

Theatro José de Alencar

                     Segunda parte da tetralogia que narra a vida e a obra da atriz Cacilda Becker (interpretada  pela atriz Anna Guilhermina), a peça dirigida por Zé Celso Martinez Corrêa  fala sobre os bastidores do teatro brasileiro, na década de 1940, para traçar um painel da história do Teatro no Brasil a partir da perspectiva da maior artista que o Teatro Brasileiro produziu: Cacilda Becker.  A peça traz na sua dramaturgia a ascensão de Cacilda no teatro  entre artistas da época, como Grande Othelo, Ziembinski, Maria Jacinta, Raul Roulien, Jorge Amado, Bibi Ferreira, Maria Della Costa e Sérgio Cardoso. Mostra ainda o encontro da geração de diretores como Ziembinski, Turkov, Wylli Keller, refugiados do nazismo, com a geração de Cacilda e o Teatro Experimental do Negro, criado por Abdias do Nascimento.







Foto Flavio Gusmão





Fotos de Florence Weyne Robert